19 de setembro de 2010

Arquejante

"PARA MIM SÓ EXISTE PERCORRER OS CAMINHOS QUE TENHAM CORAÇÃO, QUALQUER CAMINHO QUE TENHA CORAÇÃO.
POR ALI EU VIAJO, E O ÚNICO DESAFIO QUE VALE A PENA É PERCORRER TODA A SUA EXTENSÃO; E POR ALI VIAJO, OLHANDO, OLHANDO, ARQUEJANTE."
                                                                                                     (Dom Juan, em: "A erva do diabo")

Tudo o que você quer é partir.
Teus sonhos giram em torno disso, coração vibra, mas você não consegue e não entende o porquê. Porém, continua à sonhar.
Em meu sonhos tem alguém (ou alguma coisa) que me salva, não faço idéia como será isto, mas existe algo que me diz (ou seria só minha vontade?) que vou por aí, conhecer de certo o valor da vida, libertar o coração das mágoas, e que posso até voltar, mas só voltarei quando estiver limpa e vivido e visto tudo que sonho; vai ser tanta alegria que não vou poder me lembrar de como eu fui um dia, eu vou tentar, mas não vou conseguir lembrar.
Basicamente, é isso que procuro, sonhando tanto assim; me encontrar, porque esta não sou eu, se fosse eu não estaria aqui dizendo que eu não sou eu, eu apenas seria...
Acredito que sou aquela esperançazinha alegre que só aparece vez ou outra; quando me encontrar serei como todas esperança é: verde!!(rs brincadeira) Mas refletindo luzes de pôr-do-sol, só vou ser pequena...poucos vão me ver.

(08/08/2010)

16 de setembro de 2010

Mais um aleatório sobre sonhos....

Acho que só agora começo a entender como é vão dar importância demasiada à alguém em sua vida, será que vale à pena?
Se tudo muda ou acaba...só agora comecei a identificar isso em mim, é tão esquisito descobrir isso; lembrar de tudo o quis, todo esforço emocional e físico, entrega, sonho...e o tempo faz parecer tudo "ridículo".
E hoje, diante de tudo isso eu fico pensando se vale conhecer alguém e se entregar à isso se você supostamente sabe que daqui há um tempo pode não ser mais.
Como lidar com o tempo?
Como entender tudo isso, quando uma situação é nova e não tropeçar?
E o que fazer dos teus sonhos, aqueles que você sonhou e que hoje são só lembranças?
Eu não queria abrir mão dos meus sonhos quando eu sonhar, e o tempo passar; mesmo que eles não venham tornar-se realidade, mas são meus!
A tragetória que se percorre desde sonhar, esquecer, superar é dolorosa e nem todos aguentam, ou os que aguentam constituem feridas que demoram a secar, é como aquela minha história do "caminhar na brasa quente", só que de uma visão diferente e mais problemática: Você está diante da brasa sem querer dessa vez tem que passar pro outro lado, com seus pés descalços: os pés que você tem; tem porque não é sonho, não tem asas para voar e nem tão pouco escolha.

"Os sonhos possíveis se alternam sem que haja tempo pra se perceber..." Corre!

14 de setembro de 2010

Amaciar Dureza

"Na vida amaciar dureza, na vida amaciar..."

Eu preciso ter calma, sei disso. Escuto isso há anos luz...e só por isso meus anos vivem enlouquecidos, tontos nessas promessas de que tudo vem; às vezes procuro em meus pensamentos quem me disse que teria um ponto em que tudo viria...ah se eu encontrasse, cobraria-lhe a vida.
A vida é aprender a maravilhar-se com o que se consegue, não tornar banal o seu já banal todo dia, não é fácil, normalmente cai-se na monotonia, crises, lamurias.
Vê, enxerga ao seu lado uma maravilha, teu olhar sobre as coisas é quem dá o brilho, o brilho é o que o teu olhar tem pra dar; assim como em um círculo onde "as coisas pequenas" ganham luz.
Esse exercício de viver a realidade "amaciando dureza", visto que a realidade ou a impossibilidade dos sonhos endurece os corações, te torna capaz de sobreviver ao tempo, ao meio-tempo e aproveitar seus momentos alegres, porque o "ponto em que tudo vem" não existe.
O ponto é a vida, são suas horas...ai de quem os deixe passar enganados.
Aflição é vida, tempo é a corda do teu caminho e você está em cima, passo a passo.

"...vida à passar os momentos deglutindo ventos..." (Até porque o vento sempre nos leva à algum lugar.)



(11/08/09)

10 de setembro de 2010

O sonho átomo

"E_e não esquecer que a estrutura do átomo não é vista mas sabe-se dela. Sei de muita coisa que não vi. E vós também. Não se pode dar uma prova da existência do que é mais verdadeiro, o jeito é acreditar. Acreditar chorando."

Falando de coisas do coração, eu fico tentando me entender deitada aqui nesta cama; pensando na possibilidade de não ter amadurecido de 12 anos para cá, afinal, porque sonho tanto? Bobagem? Ou será que esses sonhos realmente são maduros o suficiente pra encará-los com pretensões de realidade?
Queria poder ter a chave que abre esses mistérios, essas perguntas nossas que sem resposta ficamos sempre vivendo o oco, nada.
Devo ou não? Faço ou não?
Existe esse limite em ser humano, sempre estamos diante de portas fechadas. Daí eu escuto agora uma voz na minha mente: "_ABRA!!"
Temos sonhos em particular, e mesmo diante de tanta coragem...chega!
Veja, o que é ser: tens o real nas mãos, mas prefere os sonhos...





"Sonhar é um segredo e pra mim é lição."


(Escrito dia: 30/07/2010)

Cont...

9 de setembro de 2010

Aniversário. 17/06

Nesta fase tão estranha, tão diferente de tudo que eu já senti antes, me dá medo desse sentimento que parece estar esvaindo.
Eu não me sinto bem hoje.
É saudade, eu sei, porque eu queria poder fazer qualquer coisa e não posso fazer nada.
Me conhecendo tanto eu sei que mesmo depois de tudo eu ficaria feliz com um mínimo ato, abraço, olhos...qualquer coisa...mas não posso.
E ninguém me entenderia, se eu fizesse o que tenho vontade, amor próprio?? Eu não sei se é bem essa a questão apesar da minha mente acusar tanto e sempre; só quem "aos olhos" não tem amor próprio é que sabe o que sente, e que na verdade não é "não se amar", mas amar o outro tanto, é ter consciência de onde se está pisando, é saber que a brasa está quente e seus pés irão queimar cada vez mais, e ainda assim continuar andando.
Poucos sabem o que é esta vontade.
Hoje eu não vou fazer nada, o que eu sinto já consome a alma e dói.
Nesta fase tão estranha, a dor já virou rotina e só o que eu tenho são lembranças; hoje não vou fazer NADA, forte como tempestade eu vou ficar bem, bem aqui porque nem meus pés eu tenho mais, não tenho mais como andar na brasa; não é uma questão de querer ou não, é questão de impossibilidade.
Eu estou sem pés e meu coração não voa.


(escrito em 17/06/08)

4 de setembro de 2010

Apenas o fim

Acabou!

Acabou o aperto, tremor. Acabou maus pensamentos, acabou tristeza.
Acabou choro, vela, soluço, dor, SAUDADE.
E por falar em saudade, eu volto a ter saudade do que nunca vivi, como antes; e lamento os caminhos mal trilhados.


"E se houver tempo de retorno, eu volto.
Subirei empurrando a alma com meu sangue,
por labirintos e paradoxos.
_Até inundar novamente o coração..."


Volto com feridas e indignada mas como sempre digo da esperança de mim mesma, ah! Não sei explicar mas existe e eu a sinto intensa toda vez que algo de ruim acontece.
Só pra registrar que subo mais um degrau, aliás mais um pouco da montanha.
"Tô limpa"


Beijos!


(Escrito dia 20/11/09)

2 de setembro de 2010

Macabéa

Eu não quero ser a "Macabéa" de Clarice Lispector, por favor vida, Deus...não permita que eu seja. Ando tão assustada com isso.

Você meu escritor, que hoje deve estar descansado de mim, visto que me deixa desabafar, me escute por favor, pois eu digo, eu reclamo à vida.

"Porque há o direito ao grito, então eu grito."

Acredito que sou inteligente o bastante para desconfiar da minha vida, por pedir "felicidade" e momentos felizes, ("Felicidade? Nunca vi palavra mais doida, inventada pelas nordestinas que andam por aí aos montes.") pois já descobri como é bom desfrutá-los e por assim fazer tenho enlouquecido de paixão aos meus momentos nesses últimos tempos, como vê sou muito esperta, não posso ser Macabéa, não...nem de longe.

Como já disse numa dessas minhas escritas, meus atos são pretextos, sempre foram, é uma sede que tenho e surge por coisas, coisinhas...que são só minhas; escolho à dedo com o que vou sonhar e sonho...perplexa com minha capacidade (é que eu nem acredito que posso sonhar, é tanta coisa que não posso) e quando os realizo? Aleluia!! Me sinto forte, daí começa um arrepio ao qual denomino "esperança de mim mesma".

Poder ser mais do que se é, é fascinante; mais fascinante mesmo é ser o que se é, conseguir chegar ao ponto do reconhecer-se, em coisas e pessoas...lugares ou sentimentos. Ah!

Não! Não aceito ser Macabéa, apesar de ter loucura por portos, cais, navios...não! Eu me revolto e te digo que me importo em estar viva, quero meus momentos, meu futuro.

O peso da minha luz, é leve...eu vivo disto, de querer ser. Acredito em minha inteligência para comigo, o mundo e o Deus.





(Escrito dia 20/07/2010)

1 de setembro de 2010

Começo

Relatos de emoções já vividas, sentimentos já passados, cartas já entregues ou não; que continuarei vivendo, sentindo enquanto puder.

Coisas minhas, tão particulares...nada tanto poético, nada tanto intelectual, nem tão pouco pertencente à estilos literários da escrita.

Nada tão profundo assim, leve...de uma pessoa com um coração esquisito, um tanto melancolia, outro tanto sonho, sonho...

Necessidade extrema de escrever, tudo ou qualquer coisa.





"É preciso coragem. Uma coragem danada. Muita coragem é o que eu preciso. (...)porque parece que sou portadora de uma coisa muito pesada. Sei lá porque escrevo! Que fatalidade é esta?"