2 de setembro de 2010

Macabéa

Eu não quero ser a "Macabéa" de Clarice Lispector, por favor vida, Deus...não permita que eu seja. Ando tão assustada com isso.

Você meu escritor, que hoje deve estar descansado de mim, visto que me deixa desabafar, me escute por favor, pois eu digo, eu reclamo à vida.

"Porque há o direito ao grito, então eu grito."

Acredito que sou inteligente o bastante para desconfiar da minha vida, por pedir "felicidade" e momentos felizes, ("Felicidade? Nunca vi palavra mais doida, inventada pelas nordestinas que andam por aí aos montes.") pois já descobri como é bom desfrutá-los e por assim fazer tenho enlouquecido de paixão aos meus momentos nesses últimos tempos, como vê sou muito esperta, não posso ser Macabéa, não...nem de longe.

Como já disse numa dessas minhas escritas, meus atos são pretextos, sempre foram, é uma sede que tenho e surge por coisas, coisinhas...que são só minhas; escolho à dedo com o que vou sonhar e sonho...perplexa com minha capacidade (é que eu nem acredito que posso sonhar, é tanta coisa que não posso) e quando os realizo? Aleluia!! Me sinto forte, daí começa um arrepio ao qual denomino "esperança de mim mesma".

Poder ser mais do que se é, é fascinante; mais fascinante mesmo é ser o que se é, conseguir chegar ao ponto do reconhecer-se, em coisas e pessoas...lugares ou sentimentos. Ah!

Não! Não aceito ser Macabéa, apesar de ter loucura por portos, cais, navios...não! Eu me revolto e te digo que me importo em estar viva, quero meus momentos, meu futuro.

O peso da minha luz, é leve...eu vivo disto, de querer ser. Acredito em minha inteligência para comigo, o mundo e o Deus.





(Escrito dia 20/07/2010)

Um comentário:

Erika disse...

Que bonito, e esse blog troca de roupa mais que tudo hein? beijas